A cidade de Petrópolis enfrentou, durante o último domingo (24) ao menos 250 deslizamentos de terra devido ao excesso de chuvas. Uma grande parte da população está morando em morros e essa não é primeira vez que sofrem com o excesso de chuvas no ano de 2022: somente no mês de janeiro, é estimado que mais de duas centenas de pessoas tenham sido mostradas e, nesta nova tragédia, cinco morrem e três estão desaparecidas.
Desta vez, as 233 cruzes que estavam localizadas na cidade ao chão em homenagem aos mortos da última cheia, foram carregadas pelo excesso de água. Segundo a prefeitura, estão atuando com ao menos 19 pontos de atendimento para a população que ficar desabrigada.
Petrópolis
A Defesa Civil argumenta que em apenas um dia choveu mais do que estava sendo previsto para um mês inteiro, visto que o índice de chuvas teria chegado a uma faixa de 534,4 milímetros em 24 horas. As ruas foram transformadas em verdadeiros rios e imagens que estão sendo compartilhados pela sedes oficiais mostram que os carros estavam sendo alastrados pela água. No mês de março, a DC estava esperando índice na faixa de 300 nm, máximo.
Ainda durante a manhã de segunda-feira (21) dezenas de grupos de bombeiros tiveram que sair para as ruas para procurar as pessoas que haviam sumido e ajudar a população novamente.
O governo federal já realizou a liberação do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço no valor de R$ 6,2 mil, que pretende ajudar os grupos de famílias a conseguirem comprar itens básicos para saúde e bem estar durante o excesso de chuvas.
As variações de temperatura e de clima que estão atingindo o Rio de Janeiro neste ano estão contidas devido ao fenômeno do La Nina que está previsto para durar até a chegada do inverno no dia 21 de junho. Enquanto na região do RJ e nordeste existe o excesso de chuvas, ao menos 399 cidades do Rio Grande do Norte já decretaram que estão em estado de emergência devido à estiagem e falta de água para as colheitas, o que fez com que as expectativas de safra de soja fossem reduzidas em até um terço.
Os principais locais de deslizamento de terra aconteceram em Alto da Serra, Bingen, Castelânea, Centro, Chácara Flora, Duarte da Silveira, Estrada da Saudade, Independência, Morin, Mosela…
Dois dos cinco mortos estavam localizados no morro da Oficina, que foi um dos locais mais afetados com o excesso de chuvas que afetou a cidade no dia 16 de fevereiro e que rendeu até mesmo as lamentações de Jair Bolsonaro, presidente da República.
Algumas pessoas que moram na região argumentam que a situação está dessa forma devido a questões estruturais e que isso é função de ser revolvida pela prefeitura.