Sob a pressão do seu partido, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, anunciou que a partir da próxima semana o país não iria mais ter medidas restritivas contra a Covid-19 e que as festas e o não uso de máscaras seriam permitidos novamente. Ele vinha sendo contestado pelos mais conservadores sobre as decisões que vinha tomando em relação a proibições de festas e que não ia ao encontro do que esperavam os eleitores do partido.
O Reino Unido enfrenta a marca de 153 mil óbitos pelo vírus, sendo cerca de 458 deles somente durante a última terça-feira (18). Ao todo, o país conta com mais de 15,4 milhões de casos registrados, sendo mais de 98 mil somente durante as últimas 24 horas – o país pode enfrentar um novo pico de mortes e internações devido às festas do final de ano.
Em suma, o Brasil vem enfrentando um movimento semelhante: grupos que são eleitores do presidente da República, Jair Bolsonaro, são contra o uso de máscaras. Ao todo, o país conta com mais de 622 mil mortos e cerca de 23 milhões de casos registrados em apenas dois anos da pandemia do novo vírus. O número de internações vêm aumentando e o receio é de que as atuais vacinas não sejam o suficiente para combater a Omicron.
Boris Johnson também informou que, a partir do mês de março, o Reino Unido também pretende cortar o isolamento dos pacientes que forem diagnosticados como positivos. Deste modo, poderão voltar a sair na rua e até mesmo trabalhar.