Durante a quarta-feira (16), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que previa determinar como haveria de ser o fornecimento de verbas para partidos e governadores que devem participar nas eleições de 2022.
Em suma, foi determinado que poderão usar o valor de até seis meses sobre o que foi tido como verba de publicidade durante os últimos três anos. O projeto de lei ainda determina que o valor que está sendo fornecido poderá sofrer com um reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou seja, acompanhando a desvalorização do dinheiro.
A situação levantou algumas contestações de cidadão que se perguntaram nas redes sociais sobre o fato de que o Fundo de Garantia do tempo de Serviço e o INSS não são reajustados de acordo com a desvalorização do dinheiro porque são fornecidos para os brasileiros pobres mas o valor que irão gastar com as eleições, para os ricos, poderia ser aumentado. Uma internauta publicou:
“A inflação no ano de 2021 chegou a uma faixa de 10,06%. Sem contar ainda que o governo fez com que o rendimento do mesmo ano do Fundo fosse de apenas 3%. O argumento deles? Que estamos em uma recessão econômica e que não possuem verbas para fazer o resgate de acordo com a desvalorização do dinheiro – enquanto isso, estão usando o saldo do FGTS para a Caixa para financiar casa a juros “em conta” e ganhando dinheiro sobre o nosso direito. Mas não conseguem reajustar 10%. Devem cobrar na faixa de 30% somente em um ano de juros a quem entregar o valor. Aí quando é para as eleições, argumentam que tem que ser reajustado, sério isso? A lei só está sendo boa para alguns!”
Também foi determinado pela Câmara dos Deputados que neste ano, os estados e municípios poderão retirar uma parte da verba que seria destinada somente para a publicidade como forma de combater o vírus a Covid-19.
A oposição criticou o projeto ao falar que ele poderia prejudicar ainda mais as dívidas públicas do Brasil que já estão em ao menos 80% do valor do PIB, Produto Interno Bruto.
Neste ano, as eleições devem contar com a participação de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Sulca, Ciro Gomes e João Dória. Os nomes oficiais ainda não foram divulgados, mas é isso o estipulado pela mídia.