O presidente da República, Jair Bolsonaro, aprovou uma decisão que vai contra as iniciativas tomadas por Michel Temer durante o ano de 2018, que previa que todos os voos de ministros para o exterior deveriam ser feitos em classe econômica. A medida provisória que foi publicada na última terça-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU) permite que os ministros optem pelos voos mais caros.
O que acaba levantando alguns alertas em relação à atual situação econômica do país: a dívida pública já está em R$ 5,5 trilhões e pode aumentar em mais R$ 600 bilhões devido à aprovação da PEC dos Precatórios durante o mês de dezembro. A PEC foi aprovada com o intuito de pagar o valor do Auxílio Brasil na faixa de R$ 400 até o final do ano de 2022. No entanto, o programa social deve apresentar uma diminuição em seu valor pago durante 2023. O aumento ocorreu porque, de acordo com o Ministério da Cidadania, seria possível estimular a economia brasileira, que estagnou em sua recuperação no pós pandemia.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência justificou que a decisão foi tomada para melhorar a qualidade da ergonomia dos colaboradores da União e, assim sendo, impedir que os mesmos acabem sendo prejudicados com dores. Outros defensores do atual governo argumentam que essa é uma forma para controlar a saúde dos colaboradores, impedindo que os mesmos estejam sujeitos a contraírem a Covid-19, que em apenas dois anos ocasionou em mais de meio milhão de mortos no país. A Secretaria argumenta que, para fazer parte da classe executiva, é necessário que o voo dos ministros tenha o tempo superior a 7 horas.
Bolsonaro e as eleições de 2022
O presidente da República, Jair Bolsonaro, é um dos candidatos para as eleições do ano de 2022 e, desde o último ano, vem realizando a aprovação de projetos que pretendem beneficiar tanto os grupos de classes baixas, como o aumento do Auxílio Brasil para R$ 400, e também em relação a aprovação de voos mais caros para os ministros que irão realizar viagens com tempo superior a 7 horas.
Em suma, um dos seus principais concorrentes para o ano de 2022, nas eleições que estão previstas para ocorrer em outubro, é Luiz Inácio Lula da Silva, que foi considerado como ficha limpa durante o ano passado. Outro possível candidato é Ciro Gomes, que recentemente se envolveu em um escândalo de corrupção que era realizada entre os anos de 2010 e 2013.