Os Médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) de São Paulo se reuniram na última quinta-feira (13) para discutir sobre a possibilidade de iniciar a greve na próxima semana, a partir da quarta-feira (19). Os profissionais solicitam para que haja uma nova recolocação na equipe devido ao afastamento de outros colaboradores que estavam com inícios de sintomas gripais durante as últimas semanas.
O argumento de alguns colaboradores do setor é de que a carga horária vem se intensificando durante a semana devido à pouca quantidade de pessoas atuando em meio à alta demanda. Na última semana, ao menos 1.585 profissionais estavam afastados devido à crise da Covid-19.
O Brasil está enfrentando um novo pico de mortes da Covid-19, sendo ao menos 621 mil mortos em apenas um ano e meio. Em suma, mais de 22 milhões de casos foram registrados e cientistas da USP, Universidade de São Paulo, argumentam que o número deve ser ainda maior, mas que uma grande parte dos brasileiros que contraíram o vírus não fizeram o teste ou não sentiram os sintomas. O valor de infectados, de acordo com as estimativas, pode ter sido superior a 60 milhões nestes dois anos.
Ontem (13), durante a reunião que estavam tendo com o sindicato, as Organizações Sociais de Saúde (OSs) de São Paulo decidiram que iriam aprovar o pagamento de horas extras para os profissionais. E, deste modo, iria garantir que aqueles que ficassem atendendo acima do tempo previsto no contrato, tivessem o valor de 100% em cima da hora.