O DJ Alok usou as redes sociais para falar sobre a presença de seu pai, Juarez Petrillo, o DJ Swarup, na festa de música eletrônica atacada por terroristas em Israel. Emocionado, ele deu detalhes sobre como Petrillo conseguiu escapar do Hamas no último sábado (7).
“Não vai ser fácil pra mim gravar esse vídeo. Meu pai estava prestes a se apresentar quando o bombardeio começou. Todo mundo saiu correndo. Ele entrou em um carro e escapou. O carro atrás, com amigos dele, foi atingido. Meu pai conseguiu se abrigar em um bunker. E ele ficou seguro lá”, disse Alok.
Durante o desabafo, publicado nesta terça-feira (10), Alok também contou que ficou sabendo que o pai estava no local atacado por terroristas em Israel através da Internet.
“Eu já sai de casa, não moro com meu pai faz mais de 15 anos. Infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Meu pai toca, é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, eu também. Ele não sabe onde eu estou, também não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet”.
Veja o vídeo gravado pelo próprio Juarez Petrillo no momento em que a rave foi interrompida:
🎴URGENTE: a ediçao do Universo Paralello em Israel foi invadida por militares do Hamas, que entraram atirando em geral. A produção do festival teve que evacuar a área, mas ainda sim tiveram pessoas baleadas.
Vídeo do Juarez (Swarup), pai do Alok e criador do festival. pic.twitter.com/Z8wgnHto4M
— COBAT (@artcobat) October 7, 2023
Ele também explicou sobre a ligação do pai com a festa Universo Paralello. Segundo contou, Juarez Petrillo criou a franquia, mas não foi o responsável pela produção do evento em Israel, apesar de ser um dos DJs que iria tocar.
Na sequência, o DJ Alok também comentou sobre o fato da edição da festa em Israel ter sido realizada tão perto da fronteira do país com a Faixa de Gaza. Conforme o brasileiro, o local recebe várias festas.
“Eu também me perguntei, ‘Por que fizeram um evento tão próximo da Faixa de Gaza?’. Na verdade, descobri que acontece com muita frequência. Na noite anterior, teve um evento no mesmo local, e à noite, no mesmo dia, teria também”, falou.
Alok terminou a publicação chorando e lamentou: “Meu pai tá bem, tá seguro. Tudo que eu quero agora é poder abraçar ele, acolher ele. Mas infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso”.
“Desculpem, mas com o peso das notícias, imaginar a dor dos familiares e ainda assim ler tantos comentários absurdos e perversos é de cortar o coração. Minha solidariedade a todas as vítimas inocentes e famílias devastadas por essa guerra”, escreveu ao lado do vídeo postado.
Nesta terça-feira, a morte dos brasileiros Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer foi confirmada. Ambos estavam na festa rave Universo Paralello e foram assassinados durante o ataque terroristas do Hamas. A brasileira Karla Stelzer Mendes, que também participava do evento, continua desaparecida.