Um atropelamento na Cracolândia, zona de dependentes químicos no centro de São Paulo, deixou 16 pessoas feridas, das quais quatro tiveram fratura exposta, na noite de domingo (22).
De acordo com a Polícia Militar (PM), o motorista responsável teve o carro cercado por aproximadamente 20 usuários de drogas quando parou em um semáforo. Com medo e com uma criança dentro do automóvel, ele acabou acelerando e atropelando parte do grupo.
Em depoimento, o homem de 30 anos relatou que teve os pertences roubados e o veículo vandalizado no pouco tempo em que permaneceu parado na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões.
A polícia confirmou que os vidros do carro do motorista foram quebrados, a bolsa da esposa e seu celular roubados. A criança estava no banco traseiro, na cadeirinha.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), após o atropelamento na Cracolândia, o motorista fugiu, mas assim que encontrou uma viatura da Polícia Militar (PM) parou a equipe e relatou o ocorrido.
O caso foi registrado como roubo a interior de veículo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. O condutor do veículo não foi preso.
As vítimas atropeladas na Cracolândia foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que nenhuma delas corre risco de morte.
Em agosto, um porteiro morreu após ser ferido durante um assalto na Cracolândia, no centro de São Paulo, segundos depois de sair para trabalhar no fim da tarde de terça-feira (15), por volta das 18h. A vítima foi identificada como João da Silva Souza, de 54 anos.
De acordo com testemunhas, a vítima foi atacada por um homem que aparentava ser usuário de drogas e estar em situação de rua. Ele avançou na mochila de João, que resistiu e logo foi golpeado por um objeto perfurocortante na lateral esquerda do tórax.
O porteiro do prédio onde João morava, localizado no Largo General Osório, contou que tudo aconteceu muito rápido. Segundo o relato, ele saiu para trabalhar e cerca de 20 segundos depois retornou gritando que havia sido “furado por um nóia”.
Em junho, um repórter da TV Bandeirantes (Band) sofreu uma tentativa de assalto e chegou a ser agredido por um criminoso enquanto gravava uma reportagem no centro de São Paulo.
Mark Figueiredo gravava uma matéria sobre a violência no centro da capital paulista, para o Brasil Urgente, quando foi surpreendido por um homem, que tentou roubar seu celular, na avenida São João.