Dois meses após o túmulo de Lázaro Barbosa ter sido violado em Cocalzinho de Goiás, município de Goiás, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso. A investigação apontou que a responsável por cavar a sepultura do serial killer é uma adolescente de 15 anos.
Conforme o delegado responsável pelo caso da violação do túmulo de Lázaro, Rafhael Neris, a jovem afirmou que sonhava constantemente que o assassino estava vivo e por isso tomou a atitude.
Nesses sonhos, Lázaro Barbosa aparecia e pedia para que a garota o retirasse do túmulo, pois estava vivo e precisava de ajuda. A situação se estendeu até que ela convenceu o namorado de 21 anos a levá-la até o Cemitério de Cocalzinho de Goiás.
Ainda conforme o delegado, o rapaz tentou alertar a namorada de que não era certo violar um túmulo, mas ela estava “em devaneio” e insistiu muito. Neris ressalta que o jovem apenas deu carona para a garota, mas não ajudou a cavar a sepultura, o que está comprovado em vídeo.
Imagens de câmeras de segurança registraram a adolescente deixando o cemitério, suja de terra.
O delegado sugeriu o não indiciamento da adolescente, uma vez que ela estaria em “surto”.
O túmulo do assassino Lázaro Barbosa, responsável por matar quatro pessoas da mesma família no Distrito Federal, foi violado no dia 15 de março. Na ocasião, chegou a ser noticiado que restos mortais do criminoso haviam sido levados, mas dois dias depois um exame pericial constatou que o corpo estava intacto.
Caso Lázaro Barbosa
Em 9 de junho de 2021, Lázaro matou quatro pessoas da mesma família em Ceilândia. Em seguida, ele fugiu para Cocalzinho de Goiás em um carro roubado e se escondeu na mata por vários dias.
Na época, a polícia afirmou que o foragido contou com a ajuda de familiares e de um fazendeiro. Ao todo, Lázaro era procurado por mais de 30 crimes cometidos em Goiás, Bahia e Distrito Federal. As acusações eram de estupro, homicídio, tentativa de latrocínio, roubo, porte ilegal de arma de fogo e furto ao longo de 14 anos.
Para que o criminoso fosse encontrado, mais de 300 agentes de segurança foram mobilizados em uma força-tarefa de três semanas.
Durante a fuga, ele ainda invadiu dezenas de propriedades rurais, fez reféns e chegou a obrigar moradores locais a cozinharem e a cederem abrigo durante sua passagem.
As buscas pelo criminoso só terminaram no dia 28 de junho, quando Lázaro Barbosa foi localizado pelas autoridades. Na ocasião, o serial killer tentou resistir à prisão e trocou tiros com a polícia, mas acabou sendo atingido e morreu após receber atendimento no Hospital Municipal Bom Jesus, em Águas Lindas.