Um delegado da Polícia Federal (PF) foi baleado na cabeça durante uma operação no Guarujá, litoral de São Paulo, durante a manhã desta terça-feira (15). Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, foi socorrido e encaminhado para o Hospital Santo Amaro.
De acordo com informações da polícia, os agentes da PF foram até a Vila Zilda para cumprir um mandado de busca e apreensão, mas dois suspeitos fugiram, foram perseguidos e entraram em uma residência na comunidade da Cachoeira, de onde passaram a atirar contra os policiais.
A equipe revidou e durante a troca de tiros, o delegado da PF foi baleado por um dos criminosos, enquanto um dos suspeitos alvo da operação no Guarujá também foi ferido na perna.
Em nota, a Polícia Federal de São Paulo informou que os dois homens foram presos e junto com eles foram apreendidas uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas.
Ao Metrópoles, autoridades da Polícia Civil informaram que o policial federal foi atingido de raspão por um disparo de uma pistola 9 mm na região ocular. Ainda conforme o jornal, a esposa de Thiago Selling está grávida de uma menina e foi até o Guarujá para acompanhar os exames e a cirurgia do marido.
A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) repudiou, também por meio de nota, o ataque sofrido pelo delegado e ressaltou a necessidade de que a entre milícias e facções do crime organizado seja contida pelo Estado.
“Essa ação criminosa evidencia a gravidade da situação enfrentada pelas forças de segurança em nosso país. A guerra entre milícias e facções do crime organizado coloca em risco constante a segurança pública, o que requer uma resposta vigorosa e eficiente por parte do Estado”, declarou a Adepol.
O delegado da PF foi baleado 19 dias após o policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, ser morto durante patrulhamento na Vila Zilda, em Guarujá.
O assassinato do policial da tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo desencadeou uma megaoperação na região, deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que já prendeu mais de 360 e apreendeu 800 quilos de drogas.
A Operação Escudo como foi chamada, no entanto, está sob investigação do Ministério Público (MPSO) devido ao número de mortes ocorridas durante a ação dos policiais.