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Grávida morta em Campos dos Goytacazes: pai do bebê é preso

Letycia estava no oitavo mês de gestação; ela e a criança morreram

Por Caroline Berticelli

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O caso da grávida morta em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, ganhou um novo capítulo com a prisão do pai do bebê de Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, na noite desta terça-feira (7). Ela e a criança morreram após uma emboscada ocorrida na última quinta-feira (2).

De acordo com a Polícia Civil, o professor de química Diogo Viola de Nadai, de 40 anos, é investigado formalmente pelo envolvimento na morte de Letycia, que estava no oitavo mês de gestação, e da criança que ela esperava. No dia do enterro, ele chegou a carregar o pequeno caixão com o menino, que iria se chamar Hugo. 

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A principal suspeita é que a motivação do crime seja passional, mas maiores detalhes ainda não foram divulgados. Diogo é casado formalmente com outra mulher, mas vivia com a vítima e tinha uma união estável com ela. 

Em um depoimento anterior, Diogo já havia negado envolvimento com a morte da companheira.

Destaques sobre *** por e-mail

A polícia também já prendeu os dois suspeitos de executarem a emboscada contra a grávida morta em Campos dos Goytacazes. O homem que dirigia a motocicleta confessou ter participado do crime, mas afirmou que outra pessoa -com quem ele não tem contato – contratou o atirador. 

Já o suspeito que estava na garupa do veículo e atirou em Letycia ficou calado durante seu depoimento. 

Grávida é morta em Campos dos Goytacazes

Letycia foi morta quando chegava na casa da mãe, Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, para deixar uma tia com síndrome de Down. Ela morava na mesma rua, um pouco mais a frente. O crime foi registrado por câmeras de segurança e tanto a mãe como a mulher presenciaram o assassinato.

Nas imagens, é possível que o carro usado por Letycia está estacionado na rua Simeão Scheremeth, no Parque Aurora, quando duas pessoas se aproximam em uma motocicleta. Logo, os criminosos param o veículo e começam a efetuar vários disparos de arma de fogo contra a gestante

Apesar de ainda estar no banco de carona do veículo, a tia de Letycia não se feriu. 

A mãe de Letycia estava do lado de fora do carro, na calçada, e presenciou o assassinato da filha. Ela tentou derrubar a moto, mas acabou baleada na perna e caiu no meio da rua. Mesmo ferida, a mulher ainda conseguiu correr para o veículo e abrir a porta para ver a vítima, que já estava caída. 

As duas foram socorridas por um familiar e levadas para um hospital, mas Letycia não resistiu aos ferimentos e morreu. 

Na unidade de saúde, os médicos conseguiram fazer o parto e o bebê que nasceu com vida. Na sequência, a criança foi encaminhada para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde morreu na manhã desta sexta-feira (3). Mãe e filho foram enterrados juntos

Em entrevista ao jornal ‘Extra’, Cintia contou que quando Letycia foi atingida pelo primeiro tiro, ela colocou a mão no rosto e ao receber o segundo disparo, ainda conseguiu colocar a mão sobre a barriga

Quem é Diogo Viola de Nadai?

De acordo com o Portal da Transparência, o companheiro da grávida morta em Campos dos Goytacazes é professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) desde 2008. A folha de pagamento de janeiro de 2023, mais recente disponível, mostra que o docente com dedicação exclusiva recebeu uma renda bruta de R$ 18.663,64 naquele mês.

Diogo Viola de Nadai também seria sócio de uma loja de calçados em um shopping da cidade. 

Letycia se formou como técnica em Eletrônica no IFF em 2014. Segundo amigos, os dois se conheceram na instituição. Um familiar da gestante morta declarou que o casal vivia uma “relação estranha”, na qual o professor aparecia “de vez em quanto” e não gostava de aparecer em fotografias. 

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