Um homem que abusou sexualmente de uma criança, com idade aparente entre 6 e 7 anos, gravou e publicou o conteúdo na Dark Web foi preso, pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (22), no município de Meleiro, em Santa Catarina.
Ele foi detido pelos crimes de estupro de vulnerável, produção e divulgação de material relacionado a abuso e exploração sexual infantil na internet. As penas somadas por tais crimes podem chegar a 33 anos de prisão.
De acordo com a PF, a investigação sobre os crimes do homem iniciou em agosto deste ano, depois que ele postou o vídeo dos abusos sexuais contra a criança na Dark Web. Enquanto o caso era apurado, a Força-Tarefa de Identificação de Vítimas conseguiu identificar a criança, o suspeito do crime e o possível local do abuso.
Nesta terça, os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão em residências de Meleiro e, em uma análise preliminar no local, encontraram as imagens e vídeos contendo as cenas de pornografia infantil que circulavam na Dark Web, as quais identificavam o abusador, que estava no local e acabou preso em flagrante.
No fim de julho deste ano, seis mães foram presas por suspeita de abusarem sexualmente dos próprios filhos para produzirem material de pedofilia. Elas foram alvo da Operação Anêmona, da Polícia Federal (PF), deflagrada em Fortaleza, Maranguape e Juazeiro do Norte, no Ceará, e em Belford Roxo, no Rio de Janeiro.
“A investigação teve início em setembro de 2022 depois que agentes tiveram acesso a publicações de um usuário em fóruns da DarkWeb, que atuava no convencimento de mulheres com filhos pequenos para que abusassem de suas crianças, produzissem imagens dos atos criminosos e compartilhassem com o suspeito”, explicou a PF.
Durante a apuração do caso, os agentes descobriram que o suspeito era um homem de 30 anos, graduado em Psicologia e residente de Fortaleza, no Ceará.
Ele foi preso em dezembro de 2022 e através dos materiais de abuso encontrados com ele, a Polícia Federal conseguiu descobrir a identidade das mães.
“Foram identificados mais de 12 mil arquivos, dentre os quais havia registros de diálogos mantidos entre o aliciador e mulheres cooptadas por ele para que praticassem abusos sexuais em face de seus filhos e/outras crianças com quem mantivessem convívio”, completa a Polícia Federal.