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Mães que usavam filhos para produzir material de pedofilia são presas

As mulheres foram detidas, pela Polícia Federal, no Ceará e no Rio de Janeiro

Por Caroline Berticelli

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Seis mães foram presas por suspeita de abusarem sexualmente dos próprios filhos para produzirem material de pedofilia. Elas foram alvo da Operação Anêmona, da Polícia Federal (PF), deflagrada em Fortaleza, Maranguape e Juazeiro do Norte, no Ceará, e em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (31). 

“A investigação teve início em setembro de 2022 depois que agentes tiveram acesso a publicações de um usuário em fóruns da DarkWeb, que atuava no convencimento de mulheres com filhos pequenos para que abusassem de suas crianças, produzissem imagens dos atos criminosos e compartilhassem com o suspeito”, explica a PF. 

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Durante a apuração do caso, os agentes descobriram que o suspeito era um homem de 30 anos, graduado em Psicologia e residente de Fortaleza, no Ceará.

Ele foi preso em dezembro de 2022 e através dos materiais de abuso encontrados com ele, a Polícia Federal conseguiu descobrir a identidade das mães que usavam os próprios filhos para produzirem conteúdos de pedofilia

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“Foram identificados mais de 12 mil arquivos, dentre os quais havia registros de diálogos mantidos entre o aliciador e mulheres cooptadas por ele para que praticassem abusos sexuais em face de seus filhos e/outras crianças com quem mantivessem convívio”, completa a Polícia Federal. 

Ainda conforme a polícia, as mães presas serão indiciadas pelas práticas dos crimes de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, além dos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas de até 45 anos de prisão.

Em maio deste ano, uma mãe foi presa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por suspeita de deixar que sua filha, um bebê de 1 e 8 meses, fosse estuprada por um empresário. A investigação aponta que ela recebia uma mesada do homem de 41 anos.

A mulher de 25 anos foi detida por favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança e adolescente e estupro de vulnerável. A polícia aponta que a avó materna da criança também sabia dos abusos e dava suporte à exploração da neta para se beneficiar financeiramente.

O homem está preso desde abril. Segundo a polícia, quando os agentes entraram em sua residência em Imbé, um imóvel de luxo e com muita segurança, ele chegou a quebrar o próprio aparelho celular e um computador.

Em entrevista à RBS TV, Defaveri explicou que foram encontradas conversas entre o suspeito e as mães nas quais eles combinavam os programas previamente. “Como se fosse uma tabela de preços, um cardápio: sair com a criança e a mãe, passear no shopping, o valor era X. Ir para hotel, Y, tomar banho de banheira, fazer massagens”, disse a delegada.

De acordo com a delegada Camila Franco Defaveri, quatro mães foram detidas por deixarem que seus filhos menores de idade fossem abusados sexualmente pelo empresário em troca de dinheiro e presentes. As vítimas tinham entre 0 e 12 anos de idade.

A lei brasileira considera estupro de vulnerável qualquer ato libidinoso praticando contra menores de 14 anos, com ou sem consentimento, e independente do fato de ter ocorrido ou não conjunção carnal. Pessoas que não possuem o discernimento necessário para a prática do ato também são consideradas vulneráveis.

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