A menina sequestrada no Rio de Janeiro (RJ) e levada para o Maranhão era monitorada pelo suspeito de 25 anos por meio de um aplicativo de celular. A adolescente de 12 anos foi encontrada pela polícia, na última terça-feira (14), no bairro Divinéia, na periferia de São Luís, após permanecer por mais de uma semana desaparecida.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, havia um aplicativo espião instalado no celular da garota. Isso permitia que o homem tivesse acesso a todas as conversas da menor de idade em outro aparelho smartphone.
“Tudo o que ela falava e com quem ela falava ele tinha acesso no outro aparelho”, explicou o delegado Marconi Matos, da Superintendência de Homicídios, ao G1.
Menina sequestrada no RJ
A menina foi sequestrada no Rio de Janeiro no dia 6 de março, após ser vista com um homem desconhecido perto do colégio em que estuda. Na sequência, os dois viajaram com um carro de aplicativo por pelo menos dois dias para percorrerem os 3,1 mil quilômetros que separam as cidades.
A corrida custou R$ 4 mil. O motorista que fez a viagem é procurado pela polícia.
Durante a investigação foi descoberto que o homem conheceu a vítima pelo aplicativo de vídeos TikTok e mantinha contato com ela há dois anos. Até que viajou pessoalmente do Maranhão para o Rio de Janeiro com o objetivo de buscar a menor de idade para viver com ele.
O delegado chamou atenção para o fato de que o homem passou “dois anos aliciando a menor de idade” e pediu que os pais deem mais atenção aos celulares usados pelos filhos.
A garota foi encontrada pela Polícia Civil trancada na quitinete em que estava vivendo com o suspeito. Ela foi resgatada e encaminhada para um abrigo que atende mulheres em situação de violência na capital maranhense até que os pais cheguem para buscá-la.
Em depoimento, o homem confessou que beijou a menina algumas vezes, mas negou que tenha mantido relações sexuais com ela. Matos ressaltou que pela lei brasileira praticar qualquer ato libidinoso com um menor de 14 anos é considerado estupro, independete do fato de ela condordar ou não e do fato de ter ocorrido ou não relação sexual.
Ele foi preso em flagrante e deve responder por estupro de vulnerável, cárcere privado e sequestro.