Um motorista de aplicativo foi morto no bairro Praça Seca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da noite do último sábado (15). Gilson Francisco de Castro Júnior, de 48 anos, foi encontrado no domingo (16).
De acordo com familiares, a vítima tinha costume de se comunicar com a esposa de hora em hora para mostrar que estava tudo bem. O hábito havia sido adquirido devido a preocupação dos parentes com sua segurança por trabalhar como motorista de aplicativos. Ele atuava na profissão há cerca de quatro anos.
Kathlyn Castro, 25 anos, filha mais velha de Gilson, explicou que o pai saiu para trabalhar às 13h de sábado e após às 17h parou de dar notícias e já não atendeu mais as ligações. Logo a família começou procurar com ele, inclusive, em hospitais, mas a confirmação do que aconteceu só veio no dia seguinte.
O motorista de aplicativo morto na Praça Seca foi localizado apenas na manhã de domingo. Ele estava dentro de seu automóvel, batido contra uma árvore na rua Doutor Bernardino, e apresentava diversas marcas de tiro. Nenhum pertence da vítima foi roubado.
Testemunhas informaram que o motorista foi baleado ao se deparar com uma blitz de criminosos no local. Assustado, ele não obedeceu a ordem de parada e deu ré no automóvel, que acabou batendo na árvore. Em seguida, os bandidos começaram a atirar em direção ao carro.
Em nota, o aplicativo inDrive, para o qual a vítima estava trabalhando, afirmou que está em contato com as autoridades e que está prestando auxílio aos familiares de Gilson.
José Wellington Gonzalez, pai da viúva do motorista da app morto na Praça Seca contou, em entrevista à rede Globo, que a filha já havia perdido um noivo assassinado durante um assalto há 18 anos.
Ao jornal ‘O Dia’, Gonzalez lamentou a violência da qual o genro foi vítima e disse acreditar que ninguém será preso pelo crime.
“A morte já é triste, mas desta forma é trágica, destrói o ser humano. Quando fiz o reconhecimento do corpo, aquele pano levantou, vi aquele corpo cheio de tiro, foi um momento horrível. E, infelizmente, será uma morte impune”, disse Gonzalez ao jornal ‘O Dia’.
O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Em maio deste ano, o motorista de aplicativo Ronieli dos Santos Rodrigues, de 35 anos, foi morto a facadas durante uma corrida em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte (BH), Minas Gerais. O crime foi cometido por um criminoso que roubou o celular da vítima.
Em junho, um motorista de aplicativo desaparecido em Minas Gerais (MG), desde a última sexta-feira (2), foi encontrado morto na zona rural de Lajinha, na Zona da Mata Mineira. A vítima identificada como Fabiano da Silva Moraes, de 32 anos, era de Manhumirim.