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Mulher é baleada em blitz da PM no Rio de Janeiro; tiro de fuzil

A vítima perdeu partes de um dos rins, do intestino e do fígado, está em estado gravíssimo e corre risco de ficar paraplégica

Por Caroline Berticelli

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Uma mulher foi baleada em uma blitz da Polícia Militar (PM), no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, na madrugada de domingo (30). Nathalia Cristiny Cândido Lacerda, de 33 anos, passou por uma cirurgia de emergência, está internada em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e corre risco de ficar paraplégica.

Segundo a equipe médica que cuida da paciente, no Hospital Estadual Getúlio Vargas, ela perdeu parte de um dos rins, parte do intestino e parte do fígado. Agora, os médicos avaliam se a coluna vertebral ficou comprometida devido ao disparo. 

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De acordo com a versão dos policiais, o carro em que Nathalia estava não respeitou a ordem de parada na esquina da Avenida Coronel Phidias Távora com Rua Benjamim da Silva e um dos militares acabou atirando contra o automóvel. No momento em que foi atingida pelo disparo de arma de fogo nas costas, a vítima estava com o filho no colo

O marido de Nathalia contesta a versão dos policiais de que a esposa foi baleada durante a blitz. Ele afirma que não havia blitz no momento do disparo e que os militares mudaram a versão sobre o que aconteceu: primeiro disseram que estavam em perseguição e na sequência mudaram para blitz. 

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O homem estava sentado ao lado da mulher quando ela foi atingida. Ele conta que os policiais “deram um tiro a esmo” e os ocupantes do carro pensaram que se tratava de um disparo de advertência. Apenas quando eles pararam o veículo, após Nathalia falar que estava sentindo uma ardência nas costas, é que eles perceberam que ela estava ferida. 

Seis pessoas, cinco adultos e uma criança, estavam no veículo no momento em que Nathalia foi baleada. Todos os maiores de idade confirmam a versão de que não havia blitz no momento do disparo. 

“O policial disse que atirou no pneu. Mas aquele tiro não pegou no pneu. Não tinha blitz. São despreparados”, disse o marido ao G1.

Todos os policiais militares que estavam na blitz foram afastados das ruas pela Polícia Militar, que também apreendeu o fuzil do policial que admitiu ter feito o disparo. A Corregedoria Interna da corporação afirmou que abriu um inquérito para apurar a atuação dos agentes envolvidos.

Em junho deste ano, Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, morreu após ser baleada por um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma abordagem  na Rodovia Washington Luiz, no Rio de Janeiro.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o policial rodoviário federal afirmou que efetuou oito disparos em direção aos pneus do veículo porque o motorista não parou na abordagem.

Ele alega que o condutor “acelerou, tentando fugir” e que logo depois ele e os colegas “ouviram alguns disparos de arma de fogo e se prepararam para uma abordagem de risco”. O policial, porém, não explicou de onde vieram esses disparos.

O coletor de óleo Alexandre Roberto Ribeiro Mello, de 32 anos, marido da vítima, nega que não tenha obedecido a ordem dos agentes da PRF. Ele estava na direção do carro.

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