Um incêndio em uma casa de férias para pessoas com deficiência deixou 11 pessoas mortas na cidade de Wintzenheim, na Alsácia, França, perto da fronteira com a Alemanha, nesta quarta-feira (9). Nove corpos já foram encontrados e outros dois seguem desaparecidos, mas são considerados mortos.
“Infelizmente, não há esperança: todas essas pessoas e-stavam presentes na casa e não puderam sair”, disse o secretário-geral da Secretaria de Segurança de Haut-Rhin, Christophe Marot
De acordo com a polícia local, um grupo de cuidadores e hóspedes com deficiências estavam na residência no momento do acidente. As vítimas fatais são um supervisor e 10 adultos com deficiência mental leve. Quando o fogo começou, por volta das 6h30 (1h30 no horário de Brasília), todos estavam dormindo.
Os bombeiros conseguiram retirar 17 pessoas da casa, mas as 11 vítimas acabaram morrendo carbonizadas Durante a manhã, eles ainda tentavam conter o fogo que se alastrou por quase todo o imóvel.
A casa de férias para pessoas com deficiência é um antigo celeiro que foi adaptado para receber os hóspedes com necessidades especiais de locomoção na França. Com dois andares e um sótão, o local tem 500 metros quadrados. Acredita-se que o incêndio começou no andar térreo.
O presidente da França, Emmanuel Macron, usou as redes sociais para lamentar a tragédia que comoveu o país. “Diante desta tragédia, meus pensamentos vão para as vítimas, para os feridos, para seus entes queridos. Obrigado às nossas forças de segurança e aos nossos serviços de emergência mobilizados”, escreveu.
À Wintzenheim les flammes ont ravagé un gîte qui accueillait des personnes en situation de handicap et leurs accompagnateurs. Face à cette tragédie, mes pensées vont aux victimes, aux blessés, à leurs proches. Merci à nos forces de sécurité et nos services de secours mobilisés.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 9, 2023
Em maio deste ano, um incêndio no dormitório estudantil em Mahdia, na Guiana, deixou pelo menos 19 pessoas mortas e 17 feridas. No momento que as chamas tomaram conta do local, 56 estudantes com idades entre 11 e 17 anos estavam no local.
Cerca de 20 estudantes salvas só puderam ser resgatadas depois que um buraco foi feito na parede do dormitório para moças da residência estudantil, já que o local tinha grades de segurança nas janelas.
Alguns dias depois, uma adolescente confessou ter iniciado o fogo para se vingar porque teve o celular confiscado.
“As investigações policiais sobre o incêndio mortal de domingo à noite em Mahdia, que custou a vida de 19 pessoas, revelam que uma estudante é suspeita de iniciar o incêndio devastador porque o supervisor do dormitório e um professor levaram seu telefone celular”, diz um trecho do relatório policial.
Assim que seu smartphone foi confiscado, a garota ameaçou atear fogo no dormitório para moças da residência estudantil. Minutos depois, ela se dirigiu até o banheiro, borrifou inseticida em uma cortina e iniciou as chamas com um fósforo.