O terremoto de magnitude 6,3 que atingiu a região de Herat, no Afeganistão, deixou cerca de 2,5 mil pessoas mortas e mais de nove mil feridas, segundo informou a administração do Talibã, grupo extremista que controla o país, no domingo (8).
O tremor principal ocorreu a 30 quilômetros a noroeste da cidade de Herat no sábado (7) e foi acompanhado por oito potentes tremores secundários.
O porta-voz do governo talibã, Zabihullah Mujahid, informou: “2.053 mártires morreram em 13 localidades. 1.240 ficaram feridos e 1.320 casas foram totalmente destruídas”. O número de fatalidades aumentou significativamente em relação ao dia anterior, quando foi reportada a morte de mais de mil pessoas.
Em Sarboland, próxima ao epicentro, as buscas por sobreviventes continuam. Dezenas de casas foram destruídas e muitos esperam por notícias de entes queridos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que o número de vítimas pode crescer à medida que as operações de resgate avançam. O terremoto provocou pânico em Herat, cidade com cerca de 1,9 milhões de habitantes e a 120 km a leste da fronteira com o Irã.
Pelo Facebook, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Afghanistan informou que uma das principais preocupações é a falta de água potável para as famílias afetadas, além de abrigo, comida e remédios.
Historicamente, o Afeganistão é atingido por frequentes sismos, sobretudo na cordilheira Hindu Kush. Nas proximidades fica a junção entre as placas tectônicas da Índia e da Eurásia. Em 2022, dois outros terremotos causaram grande devastação e perda de vidas na região.
Em fevereiro deste ano, terremotos que atingiram a Turquia e a Síria deixaram mais de 50 mil mortos. O tremor principal deteve 7,8 graus na escala Richter.
Já em maio, um terremoto de magnitude 6,2 graus na escala Richter atingiu Tóquio, no Japão. Na ocasião, a Agência Meteorológica do Japão informou que o epicentro do tremor de terra ocorreu a uma profundidade de aproximadamente 50 quilômetros nas águas do Pacífico, na costa de Chiba, província a 40 quilômetros da capital.
Um vídeo mostra o momento em que soou um alerta de “forte terremoto” na Disney da cidade. Nas imagens, é possível ver que as pessoas se abaixam na rua, longe de construções. Não foram registradas vítimas.
No ano de 2011, o Japão foi atingido pelo pior terremoto já registrado no país e um dos maiores do mundo. Chamado de ‘terremoto de Fukushima’ ou ‘Grande Terremoto de Tohoku’, o abalo sísmico ocorreu em março daquele ano.
Com magnitude de 9.1 graus na escala Richter, o terremoto provocou tsunamis e o pior acidente nuclear desde Chernobyl em 1986. Segundo as autoridades, mais de 19 mil pessoas morreram e 2.500 nunca foram encontradas.