Nos últimos dias, a varíola dos macacos foi registrada pela primeira vez em várias cidades do país. A transmissão comunitária da doença viral – quando não é possível rastrear qual a origem da infecção – já havia sido confirmada pelo Ministério da Saúde em junho.
Na quinta-feira (14), um anúncio feito pela Secretaria de Saúde da Bahia confirmou um novo caso da doença no estado, apenas um dia depois do primeiro, que havia sido anunciado na quarta-feira (13).
De acordo com a pasta, o novo paciente reside em Salvador e tem histórico de viagem internacional. Além dele, outras quatro notificações de residentes em Salvador estão sendo investigadas.
Também na quarta-feira, a cidade de Mariana, em Minas Gerais, confirmou o primeiro caso doença causada pelo vírus Monkeypox. O infectado é um homem, com idade entre 30 e 40 anos, e histórico de viagem recente ao Rio de Janeiro.
Ao todo, Minas Gerais já registrou 22 casos. Outros 25 estão em avaliação. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte também confirmou a transmissão comunitária da varíola dos macacos na cidade.
Ainda na quarta, o Rio Grande do Sul confirmou o quarto caso da varíola dos macacos. Trata-se de um homem com histórico de viagem para o exterior. Conforme a Secretaria Estadual, dos casos registrados, dois são moradores da região metropolitana de Porto Alegre, um do exterior que visitou a mesma região e uma mulher residente no interior do estado.
Varíola dos Macacos no Brasil
Até a quinta-feira (14), o Brasil já havia confirmado 310 casos da varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, eles estão distribuídos da seguinte forma:
- 217 procedentes do estado de São Paulo
- 45 do Rio de Janeiro
- 22 de Minas Gerais
- 6 do Paraná
- 4 Goiás
- 4 do Distrito Federal
- 3 do Rio Grande do Sul
- 3 do Ceará
- 3 do Rio Grande do Norte
- 2 da Bahia
- 1 de Pernambuco
A diferença entre os números divulgados pelas secretarias estaduais de saúde e pelo Ministério se deve ao prazo dos estados para notificar novos registros e o tempo necessário para atualizar o sistema nacional.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que mantém articulação direta com os estados para monitorar os casos e rastrear os contatos com os pacientes.
Fim de comitê emergencial
Na última segunda-feira (11), o Ministério da Saúde descontinuou o comitê emergencial formado para monitorar o avanço da varíola dos macacos no Brasil.
O objetivo do grupo – que durou apenas 50 dias – era “elaborar documentos técnicos para fomentar ações de saúde pública” e impedir a disseminação da doença no país.