O iOS 16 da Apple vai contar com uma função de segurança avançada contra hackers: o Lockdown Mode, voltado para evitar ataques indesejados voltado aos aparelhos de Iphone.
A nova função foi anunciada no dia 6 de junho pela Apple, e vai existir também nas versões do iPadOS e macOS.
Segundo a empresa, o Lockdown Mode foi desenvolvido após uma empresa de Israel chamada de NSO Group criar um spyware conhecido como Pegasus em 2019, que era responsável por disseminar malwares via WhatsApp, explorando brechas dos sistemas operacionais da Apple para invadir celulares de maneira remota.
Sem contato com os celulares, esse spyware era capaz de acessar mensagens, ligações e até a câmera dos dispositivos Apple.
Apple cria segurança avançada contra hackers: função foi pensada para usuários alvos de ciberataques graves
A nova função da Apple foi pensada especialmente para usuários que são eventualmente vítimas de ciberataques graves, que que consequentemente necessitam de uma camada extra de proteção, como por exemplo jornalistas e ativistas ambientais.
Até o momento, o iOS 16 e a função não possui previsão de lançamento, mas deve chegar aos iPhones na primeira versão do sistema operacional – em breve.
Conforme a Apple, o modo de Lockdown terá o funcionamento limitado assim que for ativado.
Nas mensagens, os anexos recebidos serão bloqueados, e o preview dos links será imediatamente desabilitado.
Além disso, as ligações não iniciadas pelo usuário também serão automaticamente bloqueadas, e não será possível conectar o Iphone ao computador e outros acessórios via cabo. Tudo isso somente quando a função estiver habilitada.
Apple visa proteger usuários específicos da marca
Ainda conforme a Apple, a função visa fortalecer um público específico, que geralmente é alvo dos ataques de hackers. No entanto, não deve ser amplamente utilizado por usuários comuns, pois a função acaba adicionando uma camada de extrema segurança nos dispositivos.
Ivan Krstić, Chefe de Engenharia e Arquitetura de Segurança da Apple, afirma que a Apple continuará trabalhando de maneira incansável para proteger usuários de ataques.
“Embora a grande maioria dos usuários nunca seja vítima de ataques cibernéticos altamente direcionados, nós trabalharemos incansavelmente para proteger o pequeno número de usuários que são”, explicou.
Além disso, Ivan afirma que a empresa vai continuar criando projetos específicos de defesas para os usuários de risco.
“Bem como apoiar pesquisadores e organizações ao redor do mundo que estejam fazendo o trabalho importante de expor empresas que criem esses ataques virtuais”, ressalta Krstić.
Por fim, a empresa disse que doará US$ 10 milhões, o equivalente a R$ 53 milhões, para quem expor malwares, spywares e outros tipos de ataques hacker direcionados à companhia.