O carro do motorista de aplicativo José Deuzimar Rodrigues Veras, de 68 anos, encontrado morto na quinta-feira (1º), em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, teria sido utilizado em assaltos na comunidade da Gardênia Azul e ainda para sequestrar e assaltar três crianças da região.
Em entrevista ao jornal O Globo, Camila Veras, de 29 anos, filha de José, explicou que quando buscava pelo idoso desaparecido, ela conversou com pessoas que relataram terem sido vítimas de um homem que dirigia um Prisma branco. A jovem, no entanto, não deu detalhes sobre os assaltos e nem sobre os crimes cometidos contra as três crianças.
Foi outra filha motorista de aplicativo que avistou o automóvel estacionado na região do Rio das Pedras na quinta e chamou a polícia. Na sequência, quando os agentes chegaram e abriram o veículo, eles encontraram José morto no porta-malas de seu próprio carro.
Camila explicou que a família acredita que os bandidos tenham cometido os crimes subsequentes com o corpo do pai na parte traseira do veículo. “Colocaram ele no porta-malas e ficaram andando com ele por aí para cometer assaltos, inclusive com as crianças da Gardênia”, disse.
O motorista de aplicativo desapareceu na manhã da última segunda-feira (30), depois de levar um passageiro com quem costumava combinar corridas particulares para Rio das Pedras. O último contato feito por ele ocorreu às 12h.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
Em outubro, um motorista de aplicativo baleado durante uma tentativa de assalto em Belo Horizonte (BH), Minas Gerais, morreu horas depois no hospital. O crime ocorreu no bairro Serrano, na Região da Pampulha. A vítima foi identificada como Renan Fernandes da Silva, de 39 anos.
No início de agosto, a polícia confirmou que a motorista de aplicativo Sheilla Angelis de Almeida, 36 anos, desaparecida desde 9 de setembro, foi encontrada morta em Itapecerica, no centro-oeste de Minas Gerais.
Na última mensagem enviada, Sheilla mencionou uma corrida fora do aplicativo da Praça do Santuário ao bairro Terra Azul. Após isso, colegas não tiveram mais notícias dela. Rafael Monteiro, também de 36 anos, confessou o crime no dia 4 de outubro. Ele foi preso junto com a namorada no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, o crime foi premeditado. Horas antes de cometer o latrocínio, por volta do meio-dia, o suspeito solicitou várias viagens por aplicativo, mas só realizou o deslocamento quando o motorista que aceitou foi Sheilla. Ele então fez uma corrida para analisar a vítima e mais tarde ligou solicitando uma corrida particular.