Nesta sexta-feira (14), décimo dia de buscas do Caso Ana Sophia, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma pousada no distrito de Roma, em Bananeiras, na Paraíba, mas a ação terminou sem nenhuma pista da menina de 8 anos desaparecida.
Em entrevista, o major Fernando, do Corpo de Bombeiros, informou que força-tarefa que trabalha para encontrar Ana Sophia Gomes vem recebendo muitas “pistas inverídicas”, que estão atrapalhando as investigações.
Na quinta-feira (13), policiais interromperam uma entrevista realizada pela Record TV com a mãe de Ana Sophia para que a mulher fosse até a delegacia prestar um novo depoimento e também conduziram o pai da criança para o local.
Posteriormente, o delegado Diógenes Fernandes, que cuida do Caso Ana Sophia, explicou que os pais da menina foram chamados depois que uma denúncia informou que eles já estariam cientes da morte da filha e de onde estava o corpo. No entanto, segundo ele, as informações foram verificadas e nada foi confirmado.
No início da semana, equipes estiveram em uma residência abandonada, pertencente a um tio da menina desaparecida, depois de uma denúncia sobre um cômodo com o chão escavado.
O imóvel, cercado de mata e localizado em uma região afastada do bairro Roma, foi vistoriado, mas a análise apontou que a terra foi revirada em uma data anterior ao desaparecimento de Sophia.
O mesmo tio também teria dado informações desencontradas sobre o dia em que a sobrinha desapareceu misteriosamente, mas, segundo divulgado, ele apenas se confundiu.
Caso Ana Sophia
Ana Sophia desapareceu no distrito Roma, na terça-feira (4), por volta do meio-dia, depois de sair de casa para brincar com uma amiga que vive nas proximidades. Câmeras de segurança registram a menina andando pela rua e conversando com a outra criança, mas depois disso, ela sumiu sem explicação.
Um vizinho, que teria agido de forma estranha durante as buscas pela menina desaparecida, chegou a ser considerado suspeito, mas seu envolvimento no crime não foi comprovado.
Na segunda-feira (10), as buscas em um açude da região foram encerradas. Por vários dias, mergulhadores do Corpo de Bombeiros e voluntários procuraram vestígios da criança na água, mas nada foi encontrado.
O distrito é bastante pequeno e possui apenas uma rua principal. Os moradores costumam dizer que todos se conhecem, o que reforça a possibilidade de que Sophia possa ter sido vítima de um crime de proximidade.
“As residências estão sendo acessadas por cães farejadores, sob essa hipótese de ela estar enterrada em qualquer lugar ali. Há sim uma ligação, uma possibilidade de um crime de proximidade, ou seja, que no entorno da residência realmente possa estar o início de uma investigação que possa esclarecer”, disse o delegado Diógenes Fernandes à TV Tambaú.