Um investigador policial suspeito de participar do vazamento das fotos de Marília Mendonça no IML (Instituto Médico Legal) foi solto menos de 24h depois de ser flagrado com uma bucha e um cigarro de maconha, dez pedras de crack e 45 pinos de cocaína. Ele foi preso por tráfico de drogas durante uma operação sobre o caso da cantora.
De acordo com o jornal ‘O Tempo’, a juíza que avaliou a prisão em flagrante permitiu que o policial responda ao processo em liberdade. Ele foi detido na última segunda-feira (22) e a decisão de soltura saiu às 15h40 de terça-feira (23).
A magistrada ressaltou que a quantidade de drogas “não é insignificante, mas também não é exorbitante, sendo certo que tal situação demonstra que, ainda que se trate de narcotráfico, não seria de grande proporção”.
Policiais são investigados por vazamento de fotos de fotos de Marília Mendonça
Na segunda-feira (22), o investigador de 48 anos, lotado no Delegacia das Mulheres de Santa Luzia, na região metropolitana da capital mineira, e uma funcionária do setor de toxicologia do IML de Belo Horizonte, foram alvos de um mandado de busca e apreensão da Polícia Civil, que investiga o vazamento das fotos de Marília Mendonça.
Segundo a apuração, a dupla colaborou com a divulgação das imagens da autópsia realizada no corpo da sertaneja. Além disso, o investigador também é suspeito de ter vazado o resultado do exame de necropsia de Marília Mendonça.
Foi durante o cumprimento dos mandados que as drogas foram encontradas no veículo do policial.
A investigação sobre o vazamento das fotos de Marília Mendonça morta foi aberta em abril deste ano, depois que as imagens começaram a aparecer nas redes sociais. No dia 17 do mesmo mês, um homem de 22 anos suspeito de compartilhar fotografias foi preso.
De acordo com a Polícia Civil, as fotos foram obtidas pelo suspeito de forma ilegal e distribuídas indiscriminadamente pela Internet, por meio do Twitter. Ele também havia divulgado imagens dos corpos de Cristiano Araújo e Gabriel Diniz.
A sertaneja e outras quatro pessoas morreram no dia 5 de novembro em Piedade de Caratinga, Minas Gerais. Na ocasião, a aeronave em que todos estavam bateu em um cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), pouco antes do pouso, e caiu em curso d’água.
O relatório final sobre o acidente aéreo foi apresentado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, em maio deste ano.
Além da cantora, também morreram no acidente com o avião bimotor o tio Marília, Abicelí Silveira Dias Filho, o produtor Henrique Ribeiro, o piloto Geraldo Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.
A causa da morte de Marília Mendonça foi apontada como politraumatismo contuso, provocado pela queda da aeronave.