O corpo do piloto de asa delta motorizada Aluísio Paes de Barros Filho, de 52 anos, que caiu no mar em Bertioga e desapareceu no litoral paulista, na última quinta-feira (2), foi encontrado no domingo (5).
Ele foi localizado por ocupantes de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), boiando a aproximadamente 7 km da Ilha Monte Pascoal.
O acidente ocorreu quando ele sobrevoava a Praia da Enseada, em frente ao bairro São Rafael. Na ocasião, testemunhas que viram quando a asa delta “caiu de bico” acionaram o socorro.
Aluísio foi sepultado na tarde desta segunda-feira (6) no Cemitério da Saudade, no bairro Campos Elíseos, zona norte de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Por que piloto de asa delta caiu no mar?
Aluísio era um atleta experiente em diversas modalidades de esportes aéreos e, inclusive, trabalhava como instrutor de trike, como é chamada a asa delta motorizada.
A causa do acidente ainda não foi esclarecida. Existe a suspeita de que ele tenha sofrido um mal súbito já que não realizou nenhum dos procedimentos cabíveis, como tirar o cinto, em momentos de pane ou queda no mar.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que não cabe ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investigar o que causou o queda da asa delta.
“O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) esclarece que, de acordo com o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) 103, aeronaves com propósito exclusivo de desporto e recreação não são detentoras de certificado de aeronavegabilidade.
Dessa maneira, este tipo de evento não é passível de investigação, em consonância com o que estabelece o Anexo 13 da Organização de Aviação Civil Internacional”, diz o comunicado.
Em entrevista ao G1, a irmã de Aluísio, a advogada Adriana Paes de Barros, revelou que no dia em que o piloto caiu no mar, ele estava testando um equipamento novo que daria mais segurança aos clientes.
Aluísio caiu com a asa delta motorizada no início da tarde de quinta-feira (2). As buscas foram iniciadas logo depois, com 11 homens e três viaturas do Grupamento de Bombeiros Marítimo. Posteriormente, a FAB disponibilizou duas aeronaves para auxiliar nos trabalhos.
Além de ser instrutor de trike, ele também administrava passeios marítimos, mergulho e pescaria.
Trike
O ‘trike’ no contexto de esportes radicais aéreos, também conhecido como ‘trike de voo’ ou ‘microlight trike’, é um tipo de ultraleve motorizado que oferece ao piloto a experiência de voar com relativa liberdade e facilidade.
A estrutura é semelhante à de uma asa delta, mas é equipada com um motor e rodas, tornando-o uma pequena aeronave motorizada.