A Terra está girando cada vez mais rápido e na semana passada bateu o recorde do dia mais curto registrado desde meados de 1960, época em que os cientistas começaram a medir a velocidade de rotação do nosso planeta.
O dia mais rápido ocorreu em 29 de junho, quando a Terra completou o giro em seu próprio eixo com 1,59 milissegundos a menos que as 24 horas normais.
Com o auxílio de relógios atômicos de alta precisão, os pesquisadores têm notado que nos últimos anos os registros de dias mais curtos aumentaram.
O site Hora e Data fez um levantamento, com dados do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS sigla em inglês), e descobriu que em 2020 ocorreram 28 registros de dias mais curtos que o normal, ou seja, datas em que as rotações da Terra foram completadas mais rapidamente.
O destaque em 2020 foi o dia 19 de julho, quanto a Terra foi 1,47 milissegundo mais rápida. Já em 2019, por exemplo, o dia 16 de julho de 2019, que teve 0,95 segundos a menos.
A Terra está girando cada vez mais rápido e ninguém sabe o motivo
Apesar da rotação acelerada ter sido comprovada, os cientistas ainda não sabem por que a Terra está girando cada vez mais rápido. Por isso, na próxima semana, astrofísicos irão se reunir em Singapura para estudar o fenômeno.
Segundo informações já divulgadas, os pesquisadores Nikolay Sidorenkov, do Centro Russo de Pesquisa sobre Hidrometeorologia, Leonid Zotov, do Instituto Astronômico Sternberg de Moscou e Christian Bizouard, do Observatório de Paris, irão apresentar uma teoria.
A hipótese levantada pelos cientistas é baseada na ‘Oscilação de Chandler’ ou ‘variação de latitude’, que é um pequeno desvio no eixo de rotação da Terra em relação à terra sólida.
Ainda não é possível saber quais contratempos essa rotação acelerada da Terra pode provocar a longo prazo se o fenômeno continuar. No entanto, a curto prazo, os estudiosos já informaram que os sistemas de GPS podem ser afetados pois dependem da precisão para decodificar seus sinais de localização.