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Erupção de vulcão submarino deve aquecer a Terra, diz Nasa

A Agência Espacial Norte-Americana também apontou que a erupção do ‘Hunga Tonga-Hunga Ha'apai’ foi mais potente que a bomba de Hiroshima

Por Caroline Berticelli

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O vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apai’ entrou em erupção em 15 de janeiro de 2022, mas, de acordo com cientistas, é possível que as consequências geradas por tamanho impacto sejam sentidas por anos na Terra. 

Localizado no arquipélago de Tonga, no Pacífico, ele criou um tsunami e uma explosão sônica com ondas sonoras que se espalharam por todo o globo e puderam ser ouvidas até nos Estados Unidos.  

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Segundo o estudo do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a erupção do vulcão submarino liberou água o suficiente para encher mais de 58 mil piscinas olímpicas e uma grande quantidade de vapor na estratosfera (camada que fica entre 12 e 53 km acima da superfície da Terra).

A Agência Espacial Norte-Americana também apontou que a erupção foi uma das mais fortes registradas no planeta e mais potente que a bomba de Hiroshima

“A violenta erupção Hunga Tonga-Hunga Ha’apai em 15 de janeiro de 2022 não apenas injetou cinzas na estratosfera, mas também grandes quantidades de vapor de água, quebrando todos os recordes de injeção direta de vapor de água, por um vulcão ou não, na era dos satélites”, declararam os estudiosos. 

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Vapor de vulcão submarino é responsável por mudança climática

Ainda conforme a pesquisa, publicada recentemente na revista ‘Geophysical Research Letters’, é o vapor d’água que o vulcão submarino expeliu para a estratosfera que poderá impactar o clima do planeta. 

“Esta erupção pode impactar o clima não através do resfriamento da superfície devido aos aerossóis de sulfato, mas sim através do aquecimento da superfície devido ao forçamento radiativo do excesso de H 2 O estratosférico”, diz parte do estudo. 

O fenômeno só foi possível devido a formação subaquática do vulcão, que com uma caldeira localizada nas profundezas do oceano permitiu a expulsão de vapor sem igual. 

Desde que a Nasa avalia dados de erupções vulcânicas, há cerca de 18 anos, apenas o Calbuco, em 2015, no Chile, e o Kasatochi, em 2008, no Alasca, conseguiram expelir grande quantidade de vapor em altitudes tão elevadas.

Porém, nas duas ocasiões, os vapores se dissiparam rapidamente, ao contrário do caso do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apai. 

“Nunca vimos nada parecido”, disse o líder do estudo, Luis Millán. 

Normalmente, as erupções vulcânicas esfriam o planeta porque a enorme quantidade de cinzas expelida acaba encobrindo o Sol e refletindo a luz solar de volta ao espaço, são os chamados ‘invernos vulcânicos’. No entanto, o que se viu com o vulcão submarino foi um um efeito anômalo.

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