Um alpinista alemão que estava desaparecido desde setembro de 1986 foi encontrado morto em uma geleira dos Alpes suíços. A descoberta ocorreu no dia 12 de julho, mas só foi divulgada pelas autoridades da Suíça na quinta-feira (27).
De acordo com a polícia do cantão de Valais, alpinistas estavam no glaciar de Teódulo quando se depararam com restos humanos e várias peças de equipamento de alpinismo.
Glaciares são grandes geleiras que se formaram durante um longo período, podendo levar até 30 mil anos para se concretizarem. O alpinista alemão desaparecido foi localizado porque as mudanças climáticas têm provocado o recuo dos glaciares na região dos Alpes, deixando expostos corpos de vítimas que estavam há décadas sepultadas sob o espesso gelo.
Ainda conforme a polícia, a vítima foi identificada por um teste de DNA que possibilitou a descoberta de sua identidade. As autoridades, no entanto, não divulgaram o nome do homem, apenas que ele tinha 38 anos quando sumiu enquanto escalava os Alpes no sul da Suíça.
Em agosto de 2022, o degelo nos Alpes Suíços revelou um avião que estava desaparecido desde a década de 60 e os restos mortais de dois alpinistas.
Os destroços da aeronave foram encontrados por um guia de montanha na primeira semana de agosto. O avião caiu sobre a geleira Aletsch, perto dos picos das montanhas Jungfrau e Mönch, em 30 de junho de 1968.
“DE LONGE, PENSEI QUE ESTAVA OLHANDO PARA DUAS MOCHILAS”, CONTOU DOMINIK NELLEN. QUE SÓ AO CHEGAR MAIS PERTO PERCEBEU DO QUE SE TRATAVA.
De acordo com o The Guardian, a aeronave Piper Cherokee caiu quando levava a bordo um professor, um médico-chefe e seu filho, todos de Zurique. Na época, os corpos foram recuperados, mas os restos do avião não.
Já os corpos ou o que restaram deles foram encontrados entre o fim de julho e o dia 3 de agosto. Um deles estava na geleira Chessjen, também no cantão de Valais, provavelmente a vítima morreu no local entre 1970 e 1980.
Os ossos foram descobertos perto de um antigo caminho dos Alpes Suíços que caiu em desuso há cerca de 10 anos. Inclusive, os alpinistas só se depararam com o esqueleto porque estava usando um mapa desatualizado, do contrário, não fariam o mesmo caminho que a vítima congelada.
O segundo corpo estava na geleira Stockji, perto do resort de Zermatt, a noroeste do Matterhorn.
A polícia da região dos Alpes Suíços mantém uma lista com cerca de 300 casos de pessoas desaparecidas desde 1925.